Economia

Governo argentino considera inútil greve que paralisou o país

Oa sindicatos dos transportes rejeitam que o governo fixe um limite de 27% de aumento salarial nas negociações coletivas com as empresas

Agência France-Presse
postado em 10/06/2015 10:16
O chefe de gabinete da Argentina, Aníbal Fernández, considerou nesta quarta-feira (10/6) inútil a greve de transportes que na terça-feira deixou o país quase paralisado exigindo ajustes de salário acima do limite de 27% fixado pelo governo. "A greve não serviu de nada, o que precisa ser feito é se sentar e continuar discutindo salários em uma mesa de forma racional", declarou Fernández em sua habitual coletiva de imprensa matinal.

A medida de força, impulsionada por sindicatos opositores, paralisou trens, metrô, ônibus, barcos e aviões na quinta greve de transportes durante o governo de Cristina Kirchner, que deixa a presidência em dezembro.

[SAIBAMAIS]A greve, que incluiu manifestações e bloqueios nos principais acessos à capital argentina, foi realizada em meio à campanha eleitoral pelas eleições gerais de 25 de outubro. "Esta foi uma greve ;política;, que busca perturbar, fazer um gesto ruim. Uma medida que não foi cumprida na maioria dos bairros do país", avaliou o chefe de ministros.

Oa sindicatos rejeitam que o governo fixe um limite de 27% de aumento salarial nas negociações coletivas com as empresas, enquanto analistas privados estimam que a inflação rondará os 30% em 2015.



Também exigem uma redução do imposto sobre a renda que atinge os salários médios e altos a partir dos 15.000 pesos mensais (1.680 dólares) com uma taxa de 35%.

Os sindicatos avaliaram que a greve "é um sinal forte para os que tiverem que administrar (futuro governo) e virem qual é a capacidade e a possibilidade de acordos", indicou Juan Carlos Shmid, líder do sindicato de "Dragado y Balizamiento".

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