postado em 16/06/2015 15:19
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse nesta terça-feira (16/6) que um plano nacional de exportação está em analise pelo governo e deve ser lançado até o final deste mês. Ao falar para as comissões de Assuntos Econômicos e Ciência e Tecnologia do Senado, Monteiro destacou que neste período de crise e de ajustes fiscal e econômico é importante o país voltar-se ao comércio exterior.Entre as medidas que devem fazer do plano está a simplificação do processo aduaneiro. ;Hoje nós levamos 13 dias para fazer e processar uma exportação. É algo que está muito distante dos padrões internacionais que leva de seis a sete dias;, explicou. A ideia, segundo o ministro, é fazer uma portal único que possa integrar os processos aduaneiros de importação e exportação para reduzir a burocracia.
A expectativa de Armando Monteiro é que o plano de exportações mobilize o setor privado. O comércio exterior, ressaltou ele, não pode ser apenas ;uma válvula conjuntural;, mas uma canal permanente da economia, sem variar conforme a conjuntura.
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;Nossa corrente de comércio externo representa 20% do PIB, quando a média dos países desenvolvidos é quase o dobro. O canal do comércio internacional é óbvio neste momento em que o mercado doméstico está retraído. É imperioso que o Brasil se volte ao comércio exterior;, defendeu.
Embora reconheça a necessidade do ajuste fiscal para reequilíbrio macroeconômico do país, o ministro disse aos senadores que as medidas não podem ter ;um efeito paralisante; sobre uma agenda de reformas e uma agenda pró-competitividade da economia brasileira. ;Nós precisamos discutir os temas que dizem respeito à agenda da competitividade, porque o Brasil tem de sair desse processo, fortalecendo as suas condições, para relançar a economia brasileira para aquilo que se constitui na verdadeira vocação deste país, que é um país que tem imensa energia empreendedora, que tem uma extraordinária capacidade de enfrentar e superar crises episódicas; destacou.
Armando Monteiro avaliou ainda que há um quadro de relativa estagnação de ganho de produtividade na indústria brasileira, o que ressaltou ser ;extremamente preocupante;, dado o descompasso entre o aumento de custos como de trabalho e de custo de energia em relação à produtividade. ;A nova política industrial deve estar menos focada nos grandes agregados e metas de caráter mais amplo, para um foco que esteja mais ligado à empresa, aos ganhos de produtividade que podem ser obtidos na empresa;, defendeu.
Aos senadores, Monteiro pediu ajuda para melhorar o ambiente regulatório e tributário no país. Nesse sentido, destacou que a agenda de reforma do imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) precisa ser enfrentada. ;Recaiu sobre os estados um ônus exacerbado com a guerra fiscal;, afirmou.