Economia

Barreiras não tarifárias são problema no comércio com EUA, diz ministro

País norte-americano é o segundo maior parceiro comercial do Brasil

postado em 25/06/2015 12:06
As barreiras não tarifárias são o principal problema para a entrada de produtos brasileiras nos Estados Unidos, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. O ministro disse que a tarifa média de entrada de bens nos Estados Unidos é 3,5%. %u201CO nosso problema não são as barreiras tarifárias, mas as não tarifárias%u201D, disse em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional no Senado, hoje (25/6), ao comentar as relações do Brasil com os Estados Unidos. Para o ministro, é preciso avançar na harmonização de normas técnicas para ampliar o acesso de produtos brasileiros nos Estados Unidos. Segundo o ministro, já houve um acordo entre os dois países nos segmentos de louça sanitária e porcelanato. O próximo passo é fazer acordo sobre normas técnicas para os segmentos de têxteis, máquinas, equipamentos e luminárias. Segundo o ministro, 75% do comércio entre os dois países correspondem a bens manufaturados ou semimanufaturados. %u201COs Estados Unidos são o nosso segundo maior parceiro comercial. É o primeiro destino das manufaturas brasileiras%u201D, disse. De acordo com Monteiro, no ano passado, dos US$ 27 bilhões exportados para os Estados Unidos, US$ 17 bilhões foram produtos manufaturados. No próximo dia 28, a presidente da República, Dilma Rousseff, embarca para os Estados Unidos. Dilma vai desembarcar em Nova York, onde, terá um encontro com empresários americanos, brasileiros e investidores. No dia 29, a presidenta discursará em seminário empresarial e, em seguida, viaja a Washington. Na capital dos Estados Unidos, a presidente brasileira participará de jantar, na Casa Branca, oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. No dia seguinte, ela almoça com autoridades do Departamento de Estado. Em Washington, Dilma ficará hospedada na Blair House, residência oficial de hóspedes do governo norte-americano. De Washington, Dilma viaja a São Francisco, onde terá compromissos nas universidades de Stanford e Berkeley. Na cidade californiana, a presidenta se reunirá com acadêmicos e com representantes de empresas de tecnologia. Existe a possibilidade de Dilma visitar as instalações da Google, mas o compromisso ainda não foi confirmado pela assessoria do Planalto. A visita da presidente termina no dia 1º de julho. Em 2013, a viagem da presidente Dilma aos Estados Unidos foi adiada após as denúncias de que a Agência Nacional de Segurança dos EUA teria espionado autoridades do governo brasileiro, incluindo a própria presidenta brasileira, e empresas estatais. As denúncias foram feitas por Edward Snowden, ex-consultor de informática da agência. Hoje, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou decretos relacionados acordos assinados entre os Estados Unidos e Brasil. Um dos decretos visa a evitar evasão fiscal. A comissão votou ainda decretos sobre medidas de segurança de informações militares sigilosas e de cooperação técnica sobre defesa.

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