Economia

Levy se reúne com economistas e discute confiança do investidor

Revisão da meta fiscal de superavit primário não foi foco da conversa

Rosana Hessel
postado em 25/06/2015 13:31

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, esteve reunido por duas horas com 15 economistas na sede do ministério. "A reunião foi ótima, ouvi coisas super bacanas", afirmou o ministro ao deixar o prédio onde os convidados continuaram conversando com os secretários do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, e de Política Econômica, Afonso Arinos.

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Ao ser questionado sobre a possível a revisão da meta fiscal, o ministro disse que não se discutiu tanto o assunto. A meta atual de superavit primário para este ano é de R$ 66,3 bilhões ou 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com o ministro, as conversas foram mais sobre questões estruturais e de agenda. "Discutimos a questão fiscal e a importância de se evitar riscos de maiores gastos porque isso afeta muito a confiança do investidor", disse. "Muitos falaram que essas questões do gasto publico e novas despesas obrigatórias talvez hoje sejam um dos maiores inibidores da confiança no Brasil", emendou o ministro na portaria do ministério pouco antes de ir para o Palácio do Planalto.

Na saída do encontro, o chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, informou que Levy destacou na conversa que é preciso precisa ter uma agenda nova e incentivar o crescimento da economia. ;Cada um deu uma sugestão. Acho que a atual política monetária é muito romântica porque está procurando uma meta impossível;, disse. Na avaliação do ex-diretor do Banco Central, o governo precisa ajustar a meta para níveis compatíveis à realidade. Segundo ele, ministro demonstrou preocupação em relação à política fiscal, de como é preciso manter uma política rígida e uma agenda de crescimento dentro que for possível e pediu sugestões para isso dos economistas presentes. O economista-chefe do Banco Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, elogiou a ideia do encontro. ;Esse tipo de iniciativa de conversar com a sociedade é muito boa;, afirmou ele, sem comentar o que foi discutido.

Estiveram presentes ao encontro, que começou por volta das 11h, os economistas-chefes dos bancos Bradesco, Octávio de Barros; Santander, Maurício Molan; Bank of America, David Becker, Safra, Carlos Kawall; BTG Pactual, Cláudio Ferraz Ferreira, e do BNP Paribas, Marcelo Carvalho. Também estavam presentes o chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes; o gerente executivo de políticas econômicas da Confederação Nacional da Indústria (CNC), Flávio Castelo Branco; a diretora do departamento de desenvolvimento econômico do Sistema Firjan, Luciana Costa de Marques e Sá; e o economista da Tendências Consultoria, Juan Jensen.

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