Economia

Banco Central da China reduz juros após queda das bolsas

Desde domingo, a taxa de empréstimo a um ano será reduzida em 25 pontos de base, a 4,85%, e a tava de depósitos a um ano cairá de 0,25% a 2%, informou o banco

postado em 27/06/2015 12:32
Pequim - O Banco Central da China (PBOC) anunciou no sábado uma nova redução das suas taxas de juros, em mais um esforço para reativar a atividade econômica, logo depois de uma forte queda das bolsas chinesas.

Desde domingo, a taxa de empréstimo a um ano será reduzida em 25 pontos de base, a 4,85%, e a tava de depósitos a um ano cairá de 0,25% a 2%, informou o banco. Trata-se da quarta redução dos juros em menos de oito meses.

Esta decisão -que supostamente deve estimular os empréstimos bancários- acontece um dia depois de uma forte queda (-7,4%) da Bolsa de Xangai, que recuou quase 20% em duas semanas.

"O Banco Central queria evitar que essa queda provocasse um pânico geral, prejudicando a confiança e gerando "instabilidade financeira", comentou Shen Jianguang, economista da Mizuho Securities, citado pela Bloomberg Newswires.

Simultaneamente, o Banco Central vai reduzir em 50 pontos de base as relações de reservas obrigatórias de certos bancos (comerciais em zonas rurais, ou que concedem empréstimos ao setor agrícola e a pequenas empresas). O objetivo é o mesmo: estimular os bancos a incrementar o crédito e os empréstimos a condições mais vantajosas.

Ao comentar a redução dessas taxas, o PBOC destacou seu desejo de "apoiar o desenvolvimento duradouro e equilibrado da economia" e "seguir reduzindo os custes de financiamento" para as empresas.

O crescimento econômico da China se desacelerou fortemente em 2014, caindo ao nível mais baixo dos últimos 24 anos, em meio a essas tentativas das autoridades de "reequilibrar" a economia.

O Produto Interno Bruto (PIB) da segunda economia mundial cresceu no ano passado cerca de 7,4%, abaixo dos 7,7% registrados em 2013.

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