Economia

Merkel quer negociar com a Grécia e alerta possível fracasso da Europa

As negociações entre a Grécia e os credores (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia) foram suspensas no sábado

Agência France-Presse
postado em 29/06/2015 10:42
As negociações entre a Grécia e os credores (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia) foram suspensas no sábado
Berlim -
A chanceler alemã, Angela Merkel, está "evidentemente disposta" a retomar as negociações com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, "se ele desejar", e alertou que "se o euro fracassa, a Europa fracassa".

"Evidentemente (Merkel) segue disposta a retomar as negociações", afirmou Steffen Seibert, porta-voz da chanceler.

As negociações entre a Grécia e os credores (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia) foram suspensas no sábado, depois que Tsipras anunciou de maneira surpreendente a convocação de um referendo em 5 de julho sobre as propostas europeias.

"Se você perde a capacidade de encontrar compromissos, então perde a Europa", disse a chanceler alemã durante um evento pelo 70; aniversário da criação de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). "Se o euro fracassa, a Europa fracassa", afirmou. Sem um acordo, a Grécia entrará em default na terça-feira, dia em que deve pagar ao FMI 1,5 bilhão de euros.

O porta-voz do ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que o chefe da diplomacia alemã se reunirá nesta segunda-feira com o colega grego, Nikos Kotzias.

O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta segunda-feira que o referendo grego sobre as propostas dos credores é uma "decisão soberana" que servirá para decidir a permanência do país na Eurozona.

"É uma decisão soberana. A questão fundamental será saber se os gregos querem permanecer na zona do euro ou se arriscam a sair dela", afirmou Hollande.

O presidente francês criticou a decisão da Grécia de romper as negociações com os credores.

"Lamentou esta decisão", disse, antes de destacar que Paris permanece disponível para facilitar o reinício do diálogo entre as partes.

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