Economia

Premiê grego diz que negociação será retomada no dia seguinte ao referendo

Agência relata que Tsipras diz que vai respeitar resultado do referendo, mas pode se demitir caso o resultado seja sim

postado em 02/07/2015 19:21
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou hoje (2/7) que as negociações em busca de um acordo com os credores internacionais vão ser retomadas depois do referendo convocado para domingo (5/7). Ele negou que uma vitória do Não signifique virar as costas para Europa.

Alexis Tsipras continuou a defender o voto no Não no referendo que no domingo vai perguntar aos gregos se aceitam as propostas dos credores. ;Quanto maior for a expressão do Não no referendo, maior será a posição do governo quando as negociações forem retomadas;, afirmou o primeiro-ministro, que ressaltou que, ;sem uma restruturação da dívida, nenhum programa será viável".

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O líder do Syriza afirmou que o referendo ;dá ao povo a hipótese de influenciar o processo de negociação;. Para ele, a população ;está consciente; do que está em causa no referendo: ;democracia e justiça na Europa;.

Segundo a agência espanhola EFE, Tsipras afirmou que, caso o Sim obtenha mais votos no domingo, respeitará o resultado, deixando antever que se poderá demitir. ;Se o resultado for o Sim, teremos um acordo insustentável. Respeitarei o resultado seja qual for e colocarei em marcha os procedimentos previstos na Constituição;, disse o primeiro-ministro, reiterando que não colocará o seu lugar à frente dos ;interesses da nação;.

Para ele, ;o único caminho para conseguir melhores condições é permitindo que o povo grego expresse a sua opinião;. ;A austeridade apenas serve para prolongar a crise. Os trabalhadores e os pensionistas não podem continuar a suportar esse fardo;, acrescentou.

Considerando que a situação na Grécia é uma questão de ;ceder a ultimatos ou optar pela democracia;, Alexis Tsipras lembrou que Atenas concordou com as metas orçamentária, mas elas não foram aceitas, já que os credores ;insistiram em medidas que seriam prejudiciais para a sociedade;, o que foi recusado pelo governo grego.

Sobre o fechamento dos bancos, o primeiro-ministro considerou que as filas ;são uma vergonha para a Grécia e para a Europa;, mas culpou os credores europeus: ;Os nossos parceiros recusaram a extensão do programa, optando pela extorsão;.

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