Rodolfo Costa
postado em 05/07/2015 08:00
A inflação não perdoa e já começa a incomodar logo cedo, no café da manhã, quando até o pão de cada dia precisa ser racionado. ;É uma pena que isso esteja acontecendo. Nunca pensei que fosse ser obrigada a restringir o consumo de um alimento tão básico;, lamenta a advogada Giovana Hernandez, 40 anos. Entre francês, integral, com passas ou com castanhas, até o fim do ano passado nunca faltava pão na casa dela. Nos últimos meses, porém, a carestia não tem permitido toda essa variedade e, à medida que os preços aumentam, a frequência na padaria diminui. ;Temos que economizar;, afirma.
Da padaria à cozinha, a inflação tem se sentado lado a lado com os brasileiros na hora das refeições. Aproveitar os restos de carne para fazer pizzas e as sobras do almoço para incrementar tortas foram alternativas econômicas às quais Giovana recorreu, no aperto, mas que não substituem a satisfação de ter à mesa aquilo de que gosta. ;Aprendi a usar a criatividade por necessidade, não por prazer;, afirma. Contudo, se comer dentro de casa está pesado, imagine porta afora. O jeito, segundo a advogada, foi suspender a ida a restaurantes com o filho de 11 anos.
;Tínhamos o hábito de comer fora pelo menos quatro vezes por semana. Agora, é uma vez, no máximo;, diz Giovana, que acredita que as refeições em casa ainda estão valendo a pena, apesar de perceber que os gastos domésticos estão aumentando sem parar. ;Só uma minoria muito privilegiada vai passar por essa crise sem precisar abrir mão de nada;, acredita.
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