Paulo Silva Pinto
postado em 05/07/2015 08:00
As delações, criticadas pela presidente Dilma Rousseff, são um negócio lucrativo nos Estados Unidos ; o que talvez ajude o país a ter menos fraudes. A Securities and Exchange Commission (SEC), responsável pelo mercado de capitais, oferece bônus aos funcionários que denunciarem seus patrões. Dependendo da qualidade da informação, pode-se ganhar 30% da multa a ser paga pela empresa. E não há risco de ficar sem salário: a pessoa passa a ter estabilidade no emprego por prazo determinado. Atualmente, há seis brasileiros, cujos nomes não são públicos, tentando conquistar esse benefício. ;Essas regras são um aprimoramento da lei norte-americana sobre o tema, que é de 1977. Há ainda muito o que fazer nesse sentido no Brasil;, afirma Fernando Palma, diretor de compliance da EY.
Empresas responsáveis por investigações e pela prevenção de fraudes afirmam que a preocupação das companhias brasileiras com o tema tem crescido de um ano para cá, como consequência das notícias negativas sobre a Petrobras, que admitiu ter sido surrupiada em R$ 21,6 bilhões, em parte, pela Lei Anticorrupção, sancionada no ano passado e regulamentada por decreto presidencial há dois meses. As multas podem chegar a R$ 60 milhões.
Pouco importa se a fraude cometida pelos funcionários da empresa está da porta para dentro ou da porta para fora, explica Cláudio Peixoto, sócio da consultoria KPMG. Os atos ilícitos de diversos tipos, afetando a companhia, seus clientes ou o governo, costumam ter fortes relações entre si. Subornar um funcionário público, por exemplo, é algo que pode ser visto equivocadamente como um benefício para a firma ganhar contratos e faturar mais. ;O problema é que não existe dinheiro para propina se a empresa não tiver caixa 2, o que é resultado de outros tipos de fraude;, afirma.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique .