Economia

Mais de 11 mil brasileiros ficam sem emprego por dia no país, diz IBGE

Dados mostram que, somente nos cinco primeiros meses deste ano, 1,7 milhão de brasileiros engrossaram o exército de desempregados; agora, são 8,1 milhões de desocupados, o maior número desde 2012

Rodolfo Costa
postado em 10/07/2015 06:00
A recessão criou um exército de 1,7 milhão de desempregados em apenas cinco meses no país. Com isso, o número de desocupados entre janeiro e maio atingiu 8,1 milhões, o correspondente a 8,1% da população economicamente ativa (PEA), o pior resultado desde 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que, incluindo sábados, domingos e feriados, o Brasil contabilizou, por dia, 11.291 pessoas sem trabalho formal.

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[SAIBAMAIS]O forte avanço do desemprego reflete o desastre econômico do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. A inflação sistematicamente no teto da meta, de 6,5%, nos últimos quatro anos corroeu o poder de compra das famílias, que foram obrigadas a conter o consumo. Sem compradores, a indústria e o comércio reduziram a atividade e foram obrigados a demitir. Esse quadro se agravou neste ano, porque houve um choque de tarifas públicas, que levou o custo de vida para 9% e obrigou o Banco Central a aumentar a taxa básica de juros (Selic), para 13,75% ao ano.

As previsões para o mercado de trabalho são dramáticas, admitem os especialistas. É possível que, nos próximos meses, a taxa de desocupação passe dos 10%. Aqueles que ainda estão sendo admitidos não encontram mais oportunidades para negociação salarial, e a consequência disso tem sido a queda do rendimento real habitual, que cravou R$ 1.863 no trimestre terminado em maio ; recuo de 0,4% em comparação ao mesmo período do ano passado e queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior.

Pressionadas pelo custo de vida galopante, mais pessoas estão à procura de uma vaga no mercado de trabalho. Contudo, esbarram na escassez de oportunidades. ;Aqueles que estavam na zona de conforto, quando a economia crescia, estão, agora, tendo que procurar emprego para manter a renda e tentar aliviar a difícil situação financeira;, explicou o coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo.

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