Economia

Partido Syriza está em choque com as novas demandas dos credores

É possível que ocorram mudanças nos gabinetes nesta segunda-feira (13/7)

Agência Estado
postado em 12/07/2015 17:44
O partido de esquerda, Syriza, que comanda o governo da Grécia, está exibindo sinais de desintegração com as novas demandas dos credores internacionais para garantir um terceiro resgate para o país, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

A exigência pelo Eurogrupo de que as reformas econômicas sejam aprovadas pelo Parlamento da Grécia e tornadas leis até quarta-feira foram descritas como "absoluta chantagem" por líderes do partido e foram recebidas com atordoamento e incredulidade.

Segundo o The Guardian, apesar de fontes próximas ao primeiro-ministro, Alexis Tsipras, afirmarem que o líder está determinado a fazer tudo o que for necessário para manter a Grécia na zona do euro, o tumulto político é forte. É possível que ocorram mudanças nos gabinetes nesta segunda-feira (13/7), com a substituição de ministros que recusaram-se a votar a favor do pacote de austeridade no sábado (11/7).

[SAIBAMAIS]
"O que é certo é que teremos um desenvolvimento político dramático", afirmou Niko Bistis, político veterano de centro-esquerda. "Basicamente, o Syriza está agora dividido em dois", comentou.

O jornal britânico afirma que ficou claro neste domingo que a mudança de postura de Tsipras, que aceitou medidas que já havia rejeitado veementemente, produziu uma divisão em seu partido com possíveis consequências. Além de perder o apoio de 17 parlamentares na votação de sábado, outros 15 parlamentares, incluindo dois ministros, também indicaram que não irão aprovar o acordo em sua totalidade quando for colocado em votação.

A resistência levanta a possibilidade de Tsipras ser forçado a convocar novas eleições no país - uma medida, que, segundo o The Guardian, pode ser catastrófica para a Grécia.

"A Grécia pode aguentar até certo ponto", disse Aristides Hatzis comentarista político. "Mas depois desse ponto, não há como flexionar, só quebrar. O momento da quebra pode ocorrer quando Tsipras se der conta de que perdeu a maioria de seu apoio no Parlamento", comentou.

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