Mesmo depois de duas horas e meia de reunião no Tribunal de Contas da União (TCU), onde vários ministros foram apresentar o Programa de Investimentos e Logística (PIL) para acelerar as licitações, a conclusão é de que pouco ou nada do plano de concessões deve sair este ano.
Os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e dos Portos, Edinho Araújo, apresentaram o programa, que prevê quase R$ 200 bilhões em investimentos, e, num gesto político, prometeram se reunir com o TCU ;antes, durante e depois; de colocar a segunda fase do PIL em prática.
Apesar do esforço do escalão da infraestrutura do governo, na saída do encontro, o ministro Eliseu Padilha admitiu que pouco ou nada será licitado ainda este ano. ;Este ano não se conseguirá levar licitação algum. Da minha parte, a dos aeroportos só devem sair no primeiro semestre do ano que vem. Talvez sai alguma coisa de rodovia ou portos;, disse. Ainda assim, alertou o ministro, lá por ;dezembro;. Vale lembrar que a modelagem dos portos demorou 18 meses para ser aprovada pelo TCU, por isso os esforços do governo em tentar agilizar os trâmites no tribunal de contas.
Sobre as ferrovias, cujo modelo de concessão foi duramente criticado pelo TCU, Padilha ressaltou que é possível que a modelagem comece do zero. ;Há um novo projeto transnacional, da ferrovia que vai ligar Brasil e Peru. É um novo procedimento, portanto (a modelagem) deve ser retomada na sua plenitude;, destacou Padilha.
O ministro disse ainda que o objetivo da reunião foi apresentar o programa de concessões ao TCU, com muito detalhamento. ;O Executivo se colocou à disposição de colaborar com o trabalho do tribunal;, disse.