Agência Estado
postado em 16/07/2015 11:18
O Banco Central Europeu (BCE) ampliou, por uma semana, a linha de liquidez emergencial aos bancos gregos, a chamada "ELA", em 900 milhões de euros, informou nesta quinta-feira (16/7) o presidente da instituição, Mario Draghi, em coletiva de imprensa após o anúncio da decisão de política monetária, na qual as perguntas sobre a Grécia foram predominantes, em detrimento da própria decisão de política monetária.O aumento da ELA deve abrir caminho para a reabertura dos bancos gregos, que seguem fechados por falta de recursos. "As coisas mudaram agora", disse Draghi, em referência à aprovação do pacote de medidas de austeridade pelo Parlamento grego. "Nós acomodamos o pedido dos bancos da Grécia", acrescentou. Os bancos gregos estão fechados desde 29 de junho, apenas permitindo saques diários em caixas eletrônicos de até 60 euros.
[SAIBAMAIS]Segundo Draghi, o mandato do BCE leva em conta que a Grécia faz parte e continuará fazendo parte da zona do euro. Ele disse também que "todas as evidências sugerem que o BCE será pago pela Grécia no dia 20 de julho", em referência ao vencimento de uma dívida de 3,5 bilhões de euros.
Apesar da aprovação das medidas de austeridade no Parlamento, Draghi afirmou que ainda há dúvidas sobre a capacidade de implementação do acordo fechado com os credores, que prevê a liberação de um terceiro programa de resgate financeiro ao país, no valor de até 86 bilhões de euros. Ele acrescentou, no entanto que não cabe ao BCE agir de acordo com essas dúvidas, mas sim de acordo com seu mandato. Quanto ao programa, o presidente do BCE disse que o propósito dos credores é tornar a economia grega sustentável.
Com a elevação da ELA, a exposição do sistema do euro à Grécia agora é de 130 bilhões, disse Draghi. O dirigente afirmou ainda que as observações de que houve liquidez insuficiente do BCE ao país são infundadas e que o BCE recebe com seriadade as críticas feitas pelos gregos. Com informações da Dow Jones Newswires