Economia

Chanceleres do Mercosul se reúnem antes da cúpula em Brasília

O Mercosul também está prestes a trocar ofertas com a União Europeia para estabelecer uma zona de livre comércio

Agência France-Presse
postado em 16/07/2015 14:34
Brasília - Os chanceleres do Mercosul iniciaram nesta quinta-feira em Brasília uma reunião preparatória para a cúpula que deve marcar a entrada da Bolívia. A reunião de chefes de Estado é precedida por pedidos de uma maior liberdade para negociar acordos extra-zona.

O Mercosul também está prestes a trocar ofertas com a União Europeia para estabelecer uma zona de livre comércio, que poderá ser um ponto de inflexão nas negociações entre os dois blocos iniciadas em 1999.



Os pedidos de maior flexibilidade e abertura do bloco, que tem poucos acordos comerciais com o resto do mundo, foram expressos publicamente por Brasil e Uruguai, mas os analistas são céticos sobre a possibilidade de que sejam realizados formalmente.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, recebeu seus pares do Paraguai, Eladio Loizaga; do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, e da Venezuela, Delcy Rodríguez, para iniciar o encontro do Conselho do Mercado Comum, que também se reunirá com representantes dos países associados ao bloco. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também participará do encontro. Já o chanceler argentino, Héctor Timerman, não pôde vir ao Brasil, por estar recuperando-se de uma cirugia.

Além da anfitriã, Dilma Rousseff, são esperados Cristina Kirchner, da Argentina, Horacio Cartes, do Paraguai, Tabaré Vázquez, do Uruguai, e Nicolás Maduro, da Venezuela, para a cúpula de sexta-feira.

Também está prevista a participação do presidente da Bolívia, Evo Morales, que atualmente está de visita em Buenos Aires, para selar formalmente a entrada de seu país como membro pleno do bloco, que representa mais de 70% da população e do PIB da região, segundo dados do Itamaraty.

Os chanceleres também repassarão detalhes da oferta que serão apresentados à UE no último trimestre, um passo muito demorado das negociações -das quais a Venezuela, que entrou no bloco em 2013, não participa- que tiveram um intervalo de seis anos até sua reativação em 2010. Durante a cúpula, o Brasil passará a presidência temporária do Mercosul ao Paraguai.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação