Economia

Confiança do empresário industrial atinge em julho pior nível em 16 anos

O indicador recuou 1,7 ponto em relação ao mês passado e chegou a 37,2 pontos, o menor patamar desde que a pesquisa começou a ser feita

Agência Estado
postado em 17/07/2015 14:00
Sem sinais de recuperação da economia brasileira, o pessimismo da indústria nacional já é o maior em 16 anos. Após três meses sem quedas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) voltou a cair em julho e chegou ao pior nível desde de 1999, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (17/7), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O indicador recuou 1,7 ponto em relação ao mês passado e chegou a 37,2 pontos, o menor patamar desde que a pesquisa começou a ser feita pela entidade. Pela metodologia utilizada pela CNI, os valores abaixo de 50 pontos representam pessimismo e, quanto menor o resultado, piores são as perspectivas do empresários em relação à economia. Para se ter uma ideia do mal momento para o setor, a média histórica do Icei é de 55,9 pontos, ou seja, os empresários normalmente estão mais otimistas que pessimistas em relação aos negócios da indústria.

Dentre as variáveis que compõem o Icei, o Índice de Condições Atuais recuou 2 pontos de junho para julho e chegou a 27,6 pontos, também o resultado mais baixo da série histórica do indicador. A avaliação do empresariado sobre a economia nacional é ainda pior, com 19,4 pontos, enquanto a pontuação dada à situação atual das próprias empresas ficou em 31,7 pontos.



Da mesma forma, o Índice de Expectativas recuou 1,6 ponto na pesquisa mais recente, ficando em 42 pontos. Esse resultado mostra que a deterioração da avaliação das condições atuais da economia e do setor também amplia o pessimismo dos empresários para os próximos seis meses. Em relação à atividade no País, o indicador que projeta o próximo semestre recuou para 32,9 pontos em julho. Nas estimativas feitas para a evolução dos próprios negócios à frente, o indicador caiu para 46,7 pontos.

Para elaborar o Icei de julho, a CNI ouviu 2.951 empresas, sendo 1.159 pequenas, 1.116 médias e 676 grandes. Os dados foram recolhidos entre os dias 1; e 13 deste mês.

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