Agência Estado
postado em 20/07/2015 14:05
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira, 20, ao final da primeira reunião da coordenação política do governo depois do fim do semestre Legislativo, que o governo deve enviar no segundo semestre ao Congresso um projeto de reforma do PIS/Cofins com implantação gradual. Segundo ele, a Receita tem feito consultas com setores empresariais sobre a proposta.Segundo Barbosa, o governo também está avaliando o projeto, em discussão da Câmara, de aumentar a correção do FGTS. Ele disse que a iniciativa, se aprovada, iria diminuir a capacidade do Estado de financiar programas de habitação e que hoje o fundo pode ser usado na retomada do crescimento econômico. "É uma iniciativa do Legislativo que respeitamos, mas temos que responder", disse.
[SAIBAMAIS]Ao falar novamente sobre o projeto que revisa a política de desonerações, o titular do Planejamento disse que há uma vontade dos parlamentares de aprovarem a proposta. A discussão atual, destacou, é sobre o método e a modulação dessa política. A apreciação da recomposição das alíquotas sobre a folha de pagamento ficou para depois do recesso parlamentar.
Barbosa afirmou que a proposta de repatriação de recursos no exterior e a reforma do ICMS são temas em discussão há muito tempo no País. A proposta de repatriação, destacou, poderia gerar receitas para o governo no curto prazo.
Inflação
O ministro afirmou também que o governo tem feito esforço para garantir o equilíbrio macroeconômico e controlar a inflação para que ela possa retornar para o centro da meta, de 4,5%. "As expectativas de inflação mostram que, apesar do aumento este ano, (haverá) redução substancial no ano que vem", disse Barbosa. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje, a projeção para a inflação neste ano está em 9,15%. Para 2016, a expectativa está em 5,40%.
Também em entrevista coletiva, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), afirmou que o governo teve "muito sucesso" com as votações de propostas do ajuste fiscal no Congresso. Padilha ressalvou, entretanto, que é do processo democrático que o Legislativo tenha feito algumas mudanças que não correspondiam à expectativa do governo.