Agência Estado
postado em 22/07/2015 20:34
O governo deverá enfrentar dificuldades para cumprir até mesmo a nova meta de superávit primário, de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciada nesta quarta-feira, 22. A avaliação é da economista da Companhia Francesa de Seguros e Comércio Exterior (Coface) Patrícia Krause.Ela entende que a meta anterior, de 1,1% do PIB, não seria mesmo cumprida e que alguma coisa teria que ser feita. "Mas diante da fraqueza da economia e do distanciamento do executivo do legislativo, até mesmo a meta de 0,15% será difícil de ser cumprida", reitera.
Patrícia usa como exemplo a redução do tempo para aposentadoria. "Isso será um desafio", diz a economista. Ela diz também imaginar que as agências de classificação de risco levam em conta o comprometimento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com o ajuste fiscal e que a meta anterior não foi cumprida por uma série de fatores. "Agora, se o 0,15% não for cumprido, é possível que a nota de crédito soberano do Brasil seja reduzida" prevê.
Para a economista da Coface, a redução da meta neste momento, tendo em vista que a anterior não seria cumprida, é positiva. O ruim, de acordo com Patrícia, seria se o governo insistisse com o 1,1% para, no fim do ano, não entregá-lo.