Rosana Hessel
postado em 27/07/2015 08:00
A semana começa com suspense sobre a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne amanhã e quarta-feira. A expectativa é de que os nove diretores do órgão elevem os juros pela sétima vez seguida, mas especialistas ainda estão divididos em relação ao tamanho do aumento na taxa básica da economia (Selic), atualmente em 13,75% ao ano. As apostas de que o BC seria mais duro e aumentaria 0,50 ponto percentual para compensar o afrouxamento da área fiscal, cresceram na última sexta-feira.[SAIBAMAIS]No entanto, havia probabilidade de a próxima elevação ser de 0,25 ponto percentual, porque a economia está fraca e os analistas acreditam que um aperto maior nos juros encolheria ainda mais o Produto Interno Bruto (PIB). As estimativas do mercado são de que a Selic encerre o ano em 14,5% ; uma das mais altas do mundo ; ou seja, quem está endividado ou precisa de empréstimo pode se preparar, porque os juros não darão trégua.
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No começo da semana passada, as previsões convergiam para uma alta de 0,25 ponto percentual e chegaram a quase 90% antes de quarta-feira, quando o governo anunciou a redução da meta de superavit primário de R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) para apenas R$ 8,7 bilhões (0,15%), muito abaixo das previsões do mercado, de 0,6% do PIB para o resultado fiscal deste ano. Essa mudança drástica provocou uma reviravolta nas projeções.
O diretor de Política Monetária do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, fez um discurso mais duro, e as apostas em 0,50 ponto começaram a aumentar. O BC é o guardião da moeda e precisa controlar a inflação, que, pela prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), chegou a 9,25% em 12 meses, na primeira semana de julho. A meta perseguida pelo BC é de 4,5% ao ano, em dezembro de 2016, e o órgão vem avisando que atua de forma ;vigilante; para isso. O mercado, no entanto, acredita que isso ocorrerá só em 2017.
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