Economia

Confiança da indústria avança 1,5% em julho ante junho, diz FGV

Esta é a primeira vez em cinco meses que o indicador não registra uma retração, mas o nível atingido é o segundo menor da série histórica iniciada em abril de 1995

Agência Estado
postado em 27/07/2015 09:17
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,5% em julho ante junho, passando de 68,1 para 69,1 pontos, informou nesta segunda-feira (27/7) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esta é a primeira vez em cinco meses que o indicador não registra uma retração, mas o nível atingido é o segundo menor da série histórica iniciada em abril de 1995. Na comparação interanual, o indicador recuou 18,4%, na série sem ajuste sazonal.

[SAIBAMAIS]O Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., relativiza o avanço registrado na comparação mensal. "Em relação ao momento presente, a indústria continua avaliando de forma extremamente desfavorável o ambiente de negócios. No âmbito das expectativas, o avanço do IE é bem-vindo, mas de magnitude ainda insuficiente para ser identificado como uma reversão de tendência", pondera.

O avanço do ICI na margem se deve, sobremaneira, à melhora das avaliações dos empresários sobre o futuro. Índice de Expectativas (IE) subiu 3,2%, para 67,9 pontos, também o segundo menor valor em mais de 20 anos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) permaneceu praticamente estável, ao recuar 0,1%, para 70,3 pontos, à frente apenas do resultado de outubro de 1998 (67,3 pontos).



A maior contribuição para a alta do IE veio do item que sinaliza o produção prevista, que avançou 7,4%, para 91,5 pontos. Na passagem de junho para julho, a proporção de empresas prevendo o aumentar a produção nos três meses seguintes aumentou de 14,2% para 18,5% entre junho e julho; já a parcela das que esperam reduzir a produção caiu de 29,0% para 27,0% no mesmo período.

No ISA, a principal influência de baixa foi do quesito que mede o nível de estoques na indústria. A proporção de empresas que consideram o atual nível de estoques como excessivo aumentou de 17,2% para 18,7%. Por outro lado, a parcela de empresas que o consideram insuficiente diminuiu de 1,6% para 1,5%. "A diferença de 17,2 pontos percentuais entre as opções extremas de resposta é a maior desde janeiro de 2009 (21,2 pontos porcentuais)", destaca a FGV.

A FGV também informou que entre junho e julho o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou estável em 78,2% no menor nível desde abril de 2009, quando estava em 78,0%.

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