Economia

Número de empresas de serviços que relata demanda fraca bate recorde

Além disso, a quantidade de empresas que esperam redução na demanda nos próximos três meses aumentou

Agência Estado
postado em 28/07/2015 09:41
O número de empresários do setor de serviços que reclamam de demanda insuficiente atingiu um recorde em julho. Mais de um terço apontou esse fator como uma limitação à melhora dos negócios - no setor de alojamento, mais de dois terços citaram o problema. Além disso, a quantidade de empresas que esperam redução na demanda nos próximos três meses aumentou e agora supera a fatia das que contam com vendas maiores no futuro.

[SAIBAMAIS]A confiança de serviços recuou 2,9% este mês, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado, além de ter atingido o mínimo histórico da série (iniciada em junho de 2008), revela preocupação dos empresários em relação à demanda tanto no momento atual quanto nos próximos meses.

Em julho, 39,1% dos empresários apontaram que a demanda atual é insuficiente para expandir os negócios, um registro recorde. O setor de alojamento registrou quase o dobro de respostas, somando 67,4% do total. O custo financeiro também está na lista de preocupações das empresas de serviços.

Por outro lado, o indicador de volume de demanda atual ainda assim subiu 3,5% em julho ante junho. Também houve aumento de 6 0% no indicador de situação atual dos negócios. Com isso, o Índice de Situação Atual (ISA) de serviços avançou 4,8% este mês após queda de 8,0% em junho.



Mas a perspectiva não é animadora. O indicador que capta a expectativa com a evolução da demanda nos três meses seguintes recuou 7,7% ante junho, e o que mede a expectativa com a evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes caiu 6,5%. Com isso, o Índice de Expectativas (IE) caiu 7,1% neste mês.

Segundo a FGV, a proporção de empresas esperando aumento da demanda nos próximos três meses passou de 24,0% no mês passado para 19,0% do total em junho. Enquanto isso, a parcela das que esperam redução aumentou de 17,4% para 20,6% no período.

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