Economia

Consumidor terá de desembolsar R$ 5,50 a mais a cada 100kW usados

Uso intensivo da energia de térmicas no sistema faz governo manter bandeira tarifária vermelha

Simone Kafruni
postado em 01/08/2015 08:03
A cobrança extra nas faturas de energia vai continuar em agosto, e os consumidores terão que desembolsar um adicional de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts (kW) consumidos. Como a média de consumo no país é de 150kW, os brasileiros pagarão R$ 8,25 a mais na conta. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou ontem que a bandeira tarifária vai permanecer vermelha em agosto, como tem ocorrido desde o início do ano, quando o sistema entrou em vigor. Para os consumidores do Amazonas, o reajuste vai chegar a 6% porque a cobrança das bandeiras começa hoje e será retroativa em três meses.

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O modelo de bandeiras tarifárias permite o acréscimo de um valor extra na conta de luz de acordo com o custo de geração de energia elétrica. Quando a cor é verde, significa que os custos foram baixos, e não há cobrança extra. Com bandeira amarela, há acréscimo de R$ 2,50 para cada 100kW consumidos. Na sinalização vermelha, é cobrado o valor máximo, de R$ 5,50 para 100kW, por causa do uso intenso de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a gerada por hidrelétricas.

A bandeira vermelha está em vigor desde o início do ano, devido à falta de chuvas, que reduziu o volume dos reservatórios das principais hidrelétricas do país. Com isso, todas as termelétricas disponíveis estão ligadas, mesmo que os reservatórios tenham melhorado. Como os combustíveis usados nas termelétricas são óleo e gás, o custo para produzir eletricidade é muito maior.

O Amazonas, estado do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, não estava dentro do sistema de bandeiras, mas, em maio, a Aneel determinou a inclusão de todos os municípios a partir de agosto. Além da tarifa adicional proporcional ao consumo mensal, serão cobrados três meses de tarifa retroativa. O valor será parcelado até janeiro de 2016. O principal argumento para o estado não ter sido cobrado antes é que recebe apenas 10% da capacidade da linha de transmissão do Linhão de Tucuruí. O resto, o Amazonas consome da geração de usinas termelétricas.

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