Economia

Ministro da Fazenda insiste em criar tributo sobre o setor de serviços

Ministro quer apoio dos governadores para a proposta de instituir uma Cide no setor. E defende o ajuste fiscal a fim de evitar o rebaixamento do país

postado em 01/08/2015 08:32
Mesmo com as contas em frangalhos, titular da Fazenda promete superavit

Fortaleza ; Diante da dificuldade para conseguir no Congresso a aprovação a medidas que possam aumentar as receitas do governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer o apoio dos governadores para a proposta de elevar a tributação sobre serviços. A ideia é criar uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) específica para o setor, e usar os recursos para compensar os estados que sofrerem perdas com a reforma do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Levy disse que não há nenhuma dificuldade para o governo criar a contribuição, que foi sugerida por ele, pela primeira vez, durante encontro com senadores no início de junho, e, na ocasião, recebida com reserva .;Nós até propusemos isso. Agora, é uma questão de os governadores convencerem o Congresso a aprovar essa proposta;, disse o ministro, ao visitar o Complexo Industrial e Portuário de Pecém, a 60 quilômetros da capital cearense. Ele acrescentou que, por não se tratar de um valor muito grande, a Cide poderia se tornar permanente. Atualmente, o governo cobra Cide dos combustíveis.

Surpresas
Mais tarde, ao discursar em evento promovido pelo Banco do Nordeste, o ministro defendeu o ajuste das contas públicas para evitar o rebaixamento do país pelas agências de classificação de risco. ;Temos que estar atentos para não ter surpresas com a nossa nota de crédito;, disse ele. Na última terça-feira, a Standard & Poor;s (S) colocou o rating brasileiro em perspectiva negativa. Isso significa que, se a situação econômica não melhorar, em poucos meses o Brasil deverá perder o grau de investimento e cair para a categoria especulativa, atribuída a países que não oferecem segurança a aplicações de bancos e fundos estrangeiros. Com isso, o governo e empresas nacionais passarão a pagar juros mais altos para tomar crédito.

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