Economia

Preços das matérias-primas desabam na cahama "segunda-feira negra"

O índice de commodities sofreu a maior queda desde 1999

Agência France-Presse
postado em 24/08/2015 11:55
Os preços das matérias-primas sofreram novamente uma forte queda nesta segunda-feira (24/8) empurrados pela preocupação gerada pela economia chinesa, grande consumidora de materiais industriais, e o pânico dos investidores quanto a uma possível segunda-feira negra nos mercados mundiais.

[SAIBAMAIS]As bolsas asiáticas afundaram, preocupadas com a desaceleração da economia chinesa, apesar dos esforços das autoridades para tentar tranquilizar os investidores. Xangai liderou a queda das bolsas asiáticas. O índice composto da Bolsa chinesa caiu 8,49%, a 3.209,91 pontos, depois de perder 9% durante a sessão. As cotações do petróleo também registravam queda devido a preocupação com a desaceleração econômica da China e de um cenário de excesso de oferta.

O barril de Brent do mar do Norte para entrega em outubro era negociado a 43,79 dólares no Intercontinental Exchange (ICE) de Londres, 1,67 dólar a menos que na sexta-feira (21/8). No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em outubro registrav queda de 1,43 dólar, a US$ 39,01.

"O desabamento das matérias-primas é o reflexo do pessimismo quanto à China", afirmou à Agência France Presse (AFP) Daniel Ang, analista da Phillip Futures, de Cingapura. Outras matérias-primas necessárias para a atividade industrial, como o cobre e o alumínio, também chegaram a níveis nunca vistos em muito tempo.



O cobre, cujo preço é considerado um termômetro por seu amplo uso em todos os setores da indústria, caiu abaixo dos 5.000 dólares por tonelada na sexta-feira (21/8), pela primeira vez desde a crise financeira de 2009, e o alumínio caiu a seu nível mais baixo em seis anos.

O índice Commodity Index de Bloomberg, que enumera 22 matérias-primas, alcançou nesta segunda (24/8) seu nível mais baixo desde agosto de 1999. Por outro lado, o ouro, um valor de refúgio em tempos de crise, subiu e atingiu seu nível mais alto desde o início de julho.

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