Economia

Pânico nos mercados faz Bovespa desabar mais de 6% na abertura do pregão

A Bolsa de Xangai liderou a queda entre as asiáticas. Desabou 8,49%, encerrando a 3.209 pontos, depois de cair 9% durante sessão. Foi a maior retração desde 2007

Rosana Hessel
postado em 24/08/2015 12:01
Os mercados vivem um dia de pânico nesta segunda-feira (24/08). A Bolsa de Valores de São Paulo (BM) abriu em queda embalada pelos tombos das bolsas chinesas e das europeias, em meio ao aumento dos temores de uma desaceleração da China maior do que a esperada anteriormente. Às 10h32, foi o momento mais tenso, quando o Ibovespa despencou 6,31%, para 42.833 pontos.



Em Nova York, Wall Street também está caindo acompanhando o resto do mundo. O Índice Dow Jones, caía 5,75% e o Nasdaq, 7,72%. Paris chegou a perder mais de 7%. Milão e Madri estavam em queda de 6%, Frankfurt, de 4,6% e Londres, de 4,2%. As perdas em valores no mercado acionário europeu giram em torno de 400 bilhões de euros nesta segunda-feira.

A Bolsa de Xangai liderou a queda entre as asiáticas. Desabou 8,49%, encerrando a 3.209 pontos, depois de cair 9% durante sessão. Foi a maior retração desde 2007. A Bolsa de Shenzhen, a segunda maior chinesa, encolheu 7,7%, para 1.882 pontos.Hong Kong perdeu mais de 5%. O Índice Nikkei perdeu 4,61% a 18.540,68 unidades. Na Austrália, a Bolsa de Sydney caiu 4,09%, o menor nível em dois anos. A bolsa de Taiwan recuou 4,84% e e a de Seul, 2,47%.

O clima de tensão nos mercados deve se acentuar nesta semana, diante da expectativa de vários dados ruins que devem ser divulgados pelo governo, como o resultado das contas públicas e o do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre. As bolsas e o real devem continuar em queda, especialmente, se houver uma continuidade de desvalorização do yuan, como ocorreu na semana passada, porque o país é um dos mais afetados se houver uma desaceleração mais acelerada na economia chinesa, na avaliação do economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho. ;A desvalorização do yuan pressiona a balança comercial brasileira, porque ela perde competitividade. O Brasil fica mais caro e, por conta disso, é preciso que o real desvalorize para neutralizar a queda da moeda chinesa para que o país não perca mercado, principalmente, o chinês, que é o maior destino das exportações nacionais;, explicou.

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