postado em 26/08/2015 11:08
A taxa do cheque especial em julho atingiu 246,9%. É a maior taxa em 20 anos. Em julho de 1995, a taxa era de 251%. Já a taxa de cartão de crédito rotativo atingiu 395,3% ao ano. É a mais alta da série histórica iniciada em março de 2011. [SAIBAMAIS]A inadimplência do rotativo alcança 37%. O chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, adverte que esse tipo de crédito tem um custo muito elevado. ;É um crédito que deve ser tomado pontualmente devido ao seu alto custo. Se pagou uma parte e não parcelou, a pessoa entrou no rotativo com essa taxa de quase 400%. Agora, se parcelou, a taxa média é de 90,9% como um todo;.
Maciel também alertou que pelas sinalizações do mercado houve um aumento generalizado inadimplentes de pessoas jurídicas. A carteira capital de giro foi a principal responsável de representar dois terços do total de inadimplência, passou de 2,3% para 6,3% em julho.
O crédito imobiliário continua crescendo, mas mostrando moderação. Maciel ressaltou que em 2010 o crédito crescia a uma taxa de 50% e em julho atingiu 22%. Ele credita a queda às alterações nas condições de financiamento e nas taxas de juros que subiram. No final de 2014 eram de 8,9% e agora atingiram 10,7% em julho.
Os empréstimos do BNDES para pessoas jurídicas subiram 0,9% no mês. Em 12 meses atingiram 13,8%. Maciel diz que o efeito câmbio seria o responsável por esse aumento. ;Se não fosse a variação cambial, teríamos uma queda de 0,3% em julho e em 12 meses iria de 13,2%;. Maciel ressaltou, ainda, a desaceleração dos empréstimos pelo Banco de Fomento. No final de 2017 estavam em 16% e agora giram em torno de 13%.