postado em 03/09/2015 12:25
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, está assumindo o protagonismo na equipe econômica. Ele tem enfrentado diariamente uma maratona de explicações das ações do governo. Nesta quinta-feira (3/9) pela manhã declarou no seminário ;Papel do Estado no Século XXI, no Centro de Convenções Internacionais, em Brasília, que o Brasil precisa fazer um superávit primário de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para alcançar a estabilidade fiscal do país. ;Hoje no Brasil estamos em um esforço fiscal de recuperar a capacidade do governo, consistente com a estabilidade da dívida pública envolve vários esforços do lado da receita e da despesa. Segundo nossas estimativas, o Brasil precisa convergir para um primário de cerca de 2% do PIB para manter a estabilidade fiscal em condições normais de juros e crescimento. Hoje temos um déficit primário. Precisamos ir para 2%;, afirmou.Na quarta-feira (02/9), no Fórum de Trabalho, Emprego e Previdência, Barbosa fez um diagnóstico sobre a situação econômica do país para representantes de centrais sindicais e aposentados. Ele afirmou que 45% do gasto do governo é com a Previdência Social e a necessidade de ganhar produtividade para fazer frente ao aumento das despesas da Previdência. ;O bônus demográfico se encerra em 2020. A questão da produtividade é crucial. Atualmente 8% da população tem mais de 65 anos, daqui a 20 anos serão 16% e em 40 anos 25%;, disse.
Barbosa ainda ressaltou que 57,5 anos é a idade média para conseguir aposentadoria no país. ;NO G-20 a idade média é 64 anos. Aqui 32 milhões de pessoas se aposentaram por tempo de contribuição, coisa que não existe em outros países do mundo. O governo mandou uma proposta ao Congresso para tornar móvel a fórmula 85/95, com uma tabela de progressividade.;, revelou. Ele ainda acrescentou que o déficit da Previdência cresce exponencialmente. "Em 2006 era de R$ 33 bilhões. Hoje são R$ 70 bilhões", frisou.
Antes do Fórum, ele havia passado no Congresso para explicar à bancada do PP os R$ 30,5 bilhões de déficit no Orçamento enviado ao Congresso.