O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, considerou na tarde desta quinta-feira (10/9) que a agência de classificação de riscos Standard & Poors (S) foi ;precipitada; em rebaixar a nota de classificação de risco do Brasil na noite anterior (9/9). Mas ele espera que a decisão reverta em efeito positivo ;Esse episódio de ontem cria um estímulo adicional para concluir políticas fiscais que sejam sólidas;, prevê. ;Mas a gente sabe que os agentes do mercado não se tranquilizam apenas com palavras;, concluiu.
Para ilustrar, ele citou a crise no governo norte-americano em 2013, quando os congressistas republicanos não queriam aprovar o aumento do teto da dívida e o fato quase colocou o país em risco de calote. Na época, as agências de classificação de risco Moody;s e S ameaçaram baixar o rating dos EUA.
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Lev reafirmou que o esforço fiscal em 2016 será de 0,7% e que apenas com redução de gastos não será possível atingir essa meta. ;Não devemos ser vítimas de miopia na questão dos impostos;, apelou. ;Se a sociedade entender que temporariamente se faça um esforço para garantir a tranquilidade da economia e se não se conseguir alcançar o orçamento pretendido, o impacto vai ser muito ruim (para a população). (Com a decisão da S de ontem) o impacto vai se dar no crédito. A dubiedade fiscal tem impacto na capacidade das empresas. Temos que tomar as medidas necessárias tanto para reduzir despesas, quanto aumentar receitas;, argumentou.
Questionado se continuaria no cargo, Levy afirmou que ainda não terminou o trabalho dele. ;Não diria que meu trabalho fiscal está completo e, principalmente, para fazer mudanças estruturais;, garantiu.