postado em 13/09/2015 07:05
A crise econômica está tirando o sono de muita gente. Mas, em meio às dificuldades, sempre podem surgir boas oporunidades: uma delas, comprar casa própria. Como a procura por imóveis caiu nos últimos meses, os preços também recuaram. Há regiões, segundo corretores, em que a redução média no valor dos empreendimentos chegou a 20%. É preciso, no entanto, muita calma antes de fechar negócio. O primeiro grande passo é saber se as despesas vão caber no orçamento. Essa cautela vale, sobretudo, para as prestações. Está se falando de financiamento por até 35 anos.;Para quem quer sair do aluguel, o momento é agora;, garante o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Paulo Muniz. No Distrito Federal, o histórico, em relação a imóveis novos, é de que o estoque gire em torno de 11 mil unidades. Os números mais recentes apontam para um total próximo de 9,5 mil. Isso quer dizer que, em algum momento, os preços vão voltar a subir, pois a demanda será maior do que o volume de empreendimentos disponíveis. Entre maio e julho, o índice que mede a velocidade de vendas de imóveis residenciais no DF ficou em 4,6%, próximo dos 5% considerados ideais pelos especialistas. ;No momento atual, um empreendimento que demora 30 meses para ficar pronto está sendo vendido em 24 meses, o que é um prazo bem razoável;, explica Muniz.
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Um dos pontos que mais estão pesando na hora de os consumidores decidirem pela compra de imóveis é a taxa de juros. Nos últimos meses, os encargos cobrados pelos bancos aumentaram bastante, acompanhando o movimento de elevação da taxa Selic, definida pelo Banco Central, que chegou a 14,25% ao ano. As instituções financeiras também reduziram o percentual financiado, principalmente no caso de imóveis usados. Ou seja, será preciso dispor de uma poupança maior para dar de entrada. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, é preciso bancar, no ato da operação, 50% do valor de imóveis até R$ 750 mil. Para casas e apartamentos acima desse patamar, só 40% podem ser financiados ; a entrada é de 60%.
Mas não é só: considerando o tamanho da dívida a ser assumida, deve-se levar em consideração que as parcelas não devem comprometer mais do que 30% da renda familiar, pois o risco de inadimplência é grande, uma vez que a inflação não está dando trégua à renda dos trabalhadores. Devem ser levadas em conta ainda as despesas com o registro do imóvel no cartório e os tributos, como o imposto sobre transações imobiliárias e escritura (ITBI), que podem chegar a 2% do valor do empreendimento.
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