Economia

Juros sobem com receio de analistas e investidores sobre o pacote fiscal

Em relatório a clientes, o banco britânico Barclays entende que são elevados os riscos de o pacote ser rejeitado pelo Legislativo

Agência Estado
postado em 15/09/2015 10:30
As taxas de juros no mercado futuro sobem nesta terça-feira (15/9) em meio à desconfiança de analistas e investidores sobre o sucesso do governo Dilma em conseguir aprovar as medidas fiscais anunciadas na segunda-feira (14/9). Como sinalizou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em entrevista a jornalistas na segunda, a reedição da CPMF não será fácil. A ressurreição do "imposto do cheque" com uma alíquota de 0,38% - e não de 0,20%, como anunciado ontem - a fim de a arrecadação ser dividida com governadores pode ser uma forma de a proposta prosperar.

[SAIBAMAIS]Em relatório a clientes, os analistas do BBVA escreveram que o pacote fiscal anunciado é uma resposta positiva ao rebaixamento da Standard & Poor;s. Apesar disso, "os problemas políticos e econômicos impedirão o Brasil de voltar ao superávit primário nos próximos trimestres", segundo os analistas. Em razão disso, a instituição aposta que, mesmo com as novas medidas, o Brasil deve continuar com déficit primário em 2015 e 2016.

Às 9h53, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,09%, ante 14,93% no ajuste de ontem. E o DI para janeiro de 2021 estava em 15,09%, ante 14,95% no ajuste da segunda-feira.

Em relatório a clientes, o banco britânico Barclays entende que são elevados os riscos de o pacote ser rejeitado pelo Legislativo. A impopularidade das medidas e o impacto negativo do pacote sobre a atividade fazem com que a chance de aprovação do pacote seja pequena, diz o banco.



A participação do presidente do BC, Alexandre Tombini, no Senado continua confirmada e está programada para 10 horas.

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