Rosana Hessel
postado em 15/09/2015 17:36
Os parlamentares da base governista sinalizam que podem apoiar a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) de 0,38% ao invés de 0,20%, como propôs o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ontem. Se isso ocorrer, pelas contas de técnicos da Receita Federal, a arrecadação passaria de R$ 32 bilhões para cerca de R$ 60 bilhões.O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), líder do governo na Comissão Mista do Orçamento (CMO), informou que esse aumento da alíquota será necessário para que estados e municípios também tenham algum tipo de arrecadação e não somente a Previdência Social, como quer o governo. ;Essa questão da CPMF não uma política simpática, mas é necessária. Foi utilizada em caráter provisório pelo PSDB e tenho certeza que eles também serão sensíveis quanto à necessidade desse imposto no momento atual;, afirmou.
Pimenta revelou que Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, foram chamados para uma reunião de trabalho qainta-feira (17/9), às 9h, na CMO, para explicarem as medidas aos parlamentares da Comissão e eles confirmaram presença. O encontro será fechado, segundo o parlamentar.
O governo anunciou segunda-feira (14/9) um novo pacote fiscal com corte de R$ 26 bilhões nas despesas do Orçamento de 2016, mais uma previsão de aumento de receita de R$ 39 bilhões, principalmente, via mais tributos que deverão ser arcados pelo contribuinte.