Economia

Dólar fecha em alta a R$ 3,862 em dia de volatilidade no mercado

Durante a tarde, a moeda chegou a R$3,83, mas voltou a subir

postado em 17/09/2015 17:37

Esta quinta-feira (17/9) foi de volatilidade no mercado de câmbio, que voltou a fechar em alta após uma breve trégua na véspera. As atenções se dividiram entre os desdobramentos da crise política interna e a reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA, que no meio da tarde decidiu adiar mais uma vez o aumento dos juros na maior economia do mundo. O dólar à vista terminou o dia em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,862. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro subia 1,10% às 16h50, a R$ 3,891.

Pela manhã, quando o conturbado cenário doméstico mais pesou, a cotação do dólar no mercado à vista chegou à máxima de R$ 3,906 (%2b1,90%), patamar superior aos R$ 3,905 registrados após a perda do grau de investimento pela Standard & Poor;s. Nesse momento, uma das principais fontes de estresse eram os comentários de que a presidente Dilma Rousseff estaria sendo pressionada pelo ex-presidente Lula a alterar a atual política monetária, por meio de um afrouxamento do ajuste fiscal e redução de taxa de juros. A possibilidade foi desmentida pela assessoria do Instituto Lula, o que reduziu a pressão sobre os mercados.

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À tarde, quando as atenções se voltaram mais à decisão de política monetária dos Estados Unidos, a cotação do dólar à vista passou a perder forças e foi à mínima de R$ 3,8340 (%2b0,03%) às 15h48. O mercado futuro de juros acompanhou a tendência e as taxas foram conduzidas também às mínimas. Para isso contribuíram a desaceleração do dólar no mercado internacional e a queda dos juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA.

O Fed manteve a taxa básica de juros no atual patamar, de 0% a 0,25% e não deu sinalização clara sobre quando começará a ajustar a taxa para cima. A análise das estimativas do Fed para alguns indicadores e do discurso da presidente da instituição, Janet Yellen, no entanto, levou os investidores à percepção de que ficaram reduzidas as chances de alta de juros nos próximos meses. Com isso, ganhou força o movimento de venda de dólares em todo o mundo.

Em meio à movimentação dos investidores após o anúncio do Fed, operadores perceberam um forte componente especulativo no mercado, o que trouxe a volatilidade de volta ao câmbio e levou o dólar a acelerar novamente ante o real.

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