Economia

Especialistas temem um retrocesso mais grave do país devido à crise

Em meio às dificuldades, analistas veem chances de o país escolher entre reformas profundas ou medidas expansionistas, que nos levarão à situação atual da Argentina

Paulo Silva Pinto
postado em 20/09/2015 08:00
Quando indagam a um brasileiro no exterior se ele vive em Buenos Aires, a resposta tende a demonstrar irritação. E há grandes chances de aumentar a confusão de identidade com o país vizinho, onde a inflação beira os 40% ao ano. É o que vai acontecer se o Planalto e o Congresso desistirem de vez do ajuste fiscal, abraçando uma política econômica expansionista, que faria explodir a carestia. Há também a possibilidade que o temor de um retrocesso mais grave nos empurre para reformas estruturais profundas.

Uma terceira possibilidade é que se continue com um ajuste insuficiente para recuperar a credibilidade, mas sem cair no descontrole total. ;A continuação da lenga-lenga que vivemos é o caminho que considero mais improvável para os próximos anos. Vejo com mais chances, e iguais entre si, as opções de uma política populista ou o oposto disso: um retorno à racionalidade;, afirma o economista Claudio Porto, presidente da consultoria Macroplan. ;Acho que essa definição ocorrerá em breve, até o fim deste ano.;

Deterioração rápida

A deterioração do quadro econômico do país desde janeiro impressiona o mundo. De três semanas para cá, porém, a piora é ainda mais radical. Na virada do mês, o governo apresentou ao Congresso Nacional, pela primeira vez na história, uma proposta de Orçamento com expectativa de deficit. O rombo previsto para 2016 é de R$ 30,5 bilhões, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Nove dias depois, a agência de classificação de risco Standard & Poor;s rebaixou a nota do país, transferindo os papéis do governo do grau de investimento para o especulativo.

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