Antonio Temóteo
postado em 20/09/2015 08:05
Viver no campo deixou de ser um sofrimento para milhões de brasileiros. O trabalho exaustivo nas lavouras, o baixo nível de remuneração e o atraso tecnológico são coisas do passado no agronegócio. Deram lugar, segundo especialistas, a um setor dinâmico, com altos índices de produtividade e mão de obra especializada. O Correio constatou isso em dois municípios goianos onde essa pujança se destaca: Porteirão e Chapadão do Céu.Se, nas metrópoles, os trabalhadores sofrem com altos níveis de desemprego, no campo, a pujança da lavoura garante poder de compra. A estabilidade econômica dos últimos anos deu aos agricultores acesso a linhas de crédito para compra de máquinas modernas e de insumos, usados para a correção de solo e para a proteção das culturas. Com isso, passaram a produzir mais no mesmo espaço.
Esse processo levou ao enriquecimento de produtores rurais. Mas também à distribuição de renda nos municípios do campo, com a formação de uma classe média rural. O acesso à tecnologia exigiu a contratação de mão de obra capacitada, com melhores salários. Dados da consultoria Geofusion mostram que, nas cidades agrícolas, o número de domicílios do estrato sócioeconômico intermediário cresceu 39% entre 2010 e 2014. No Brasil, a expansão foi de 27% e, nas metrópoles com mais de 1 milhão de habitantes, a alta foi de 22%. A empresa classificou como residências desse segmento aquelas nas quais o orçamento familiar varia de R$ 1,9 mil a R$ 11 mil.
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