Economia

Ibovespa tem nova queda, mas dólar alivia algumas exportadoras

O Ibovespa terminou a sessão em baixa de 1,43%, aos 46.590,19 pontos

Agência Estado
postado em 21/09/2015 17:39
A Bovespa terminou novamente em baixa nesta segunda-feira (21/9) mas com uma variação menor do que a verificada na última sexta-feira. Passado o exercício de opções sobre ações, no começo da tarde, os investidores derrubaram o índice, prejudicado ainda por declarações de um dirigente do Fed. Mas a fala do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aliviou um pouco a pressão vendedora e o Ibovespa terminou longe da mínima.

[SAIBAMAIS]O Ibovespa terminou a sessão em baixa de 1,43%, aos 46.590,19 pontos. Na mínima, marcou 46.425 pontos (-1,78%) e, na máxima, 47.391 pontos (%2b0,27%). No mês, acumula ligeira baixa de 0,07% e, no ano, queda de 6,83%. O giro financeiro totalizou R$ 7,741 bilhões.

Pela manhã, o exercício de opções sobre ações deturpou um pouco o comportamento do mercado, ao marcar um viés mais técnico. O vencimento somou R$ 2,304 bilhões. À tarde, no entanto, o índice reagiu às declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e também do dirigente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart.

Primeiro, Lockhart disse que o BC dos EUA pode elevar os juros ainda neste ano, que a economia norte-americana está relativamente blindada do impacto de uma desaceleração econômica na China e que o nível do dólar não é central na política do Fed A fala dele fez as bolsas nos EUA reduzirem pontualmente a alta, o que amplificou o recuo da Bovespa.



O Dow Jones terminou o dia em alta de 0,77%, aos 16.510,19 pontos, o S 500 avançou 0,46%, aos 1.966,97 pontos, e o Nasdaq fechou com valorização de 0,04%, aos 4.828,96 pontos. O Ibovespa conseguiu suavizar um pouco as perdas após Eduardo Cunha defender que não se derrube o veto presidencial ao reajuste dos servidores do Judiciário, que pode criar R$ 25,7 bilhões em despesas até 2018.

Hoje, a disparada do dólar para quase R$ 4 favoreceu empresas exportadoras, como Vale, que subiu 0,10% na ON, mas caiu 0,57% na PNA. Fibria ON (%2b2,13%), Braskem PNA (%2b1,88%), Suzano PNA (%2b1,13%) e JBS ON (%2b1,35%). Gol PN caiu 10,31% e liderou as perdas, seguida por Oi PN (-8,29%), Rumo ON (-7,16%) e Smiles ON (-7,08%), essas duas últimas prejudicadas também pelo avanço do dólar e seu impacto sobre o endividamento das empresas. Petrobras terminou nas mínimas, com -3,25% na ON e -3,95% na PN. No setor financeiro, Bradesco PN, -3,09%, Itaú Unibanco PN, -2,23%, BB ON, -3,21%, e Santander unit, -1,88%.

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