Economia

Dívida pública cresce 3,61% e passa de R$ 2,60 tri para R$ 2,68 tri

Investidores estrangeiros reduzem participação e custo médio da dívida aumenta

Rosana Hessel
postado em 28/09/2015 14:31
A dívida pública federal total cresceu 3,61% passando de R$ 2,60 trilhões, em julho, para R$ 2,68 trilhões, refletindo a dificuldade do governo em reduzir os gastos públicos, apesar de ele tentar fazer um ajuste fiscal.

O estoque da dívida interna aumentou 3,10%, para R$ 2,551 trilhões, devido à emissão líquida de R$ 49,95 bilhões e à apropriação positiva de juros de R$ 26,78 bilhões, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (28/09) do Tesouro Nacional. Enquanto isso, o estoque da dívida externa registrou elevação de 4,35%, para R$134,32 bilhões (US$ 36,83 bilhões), sendo R$ 122,35 bilhões referentes à dívida mobiliária e R$ 11,97 bilhões à dívida contratual.



Os investidores não-residentes diminuíram a participação na dívida pública do governo, passando de 19,56%, em julho, para 19,14%, em agosto. Essa queda ainda não considera ainda o rebaixamento da nota de crédito dos títulos soberanos brasileiros pela Standard & Poor;s. A agência de classificação de risco norte-americana retirou o selo de bom pagador do país no último dia 9.

A fatia das instituições financeiras teve leve queda, passando de 26,96%, em julho, para 25,49%, em agosto. A participação dos fundos de investimento subiu de 19,85% para 20,53%, no mesmo período. A Previdência ampliou seu naco de 19,76% para 20,11%. Já o governo reduziu seu percentual de 4,15% para 4,07%.

Custo maior
O custo médio acumulado da dívida passou de 14,99% ao ano, em julho, para 15,93% ao ano, em agosto, o maior percentual desde fevereiro de 2009. Além de ter juros cada vez mais alto, o prazo está encurtando. O perfil do vencimento em 12 meses subiu de 22,44%, em julho, para 25,20%, em agosto, acima do máximo de 25% previsto no Plano Anual de Financiamento.

O prazo de vida médio da dívida pública federal recuou de 6,7 anos para 6,56 anos. A maior queda foi no prazo médio das emissões de títulos pré-fixados, que caiu de 2,19 anos para apenas 1,93 anos.

Com relação à dívida pública externa, o custo saltou de 50% ao ano, em julho, para 62,11%, ao ano, em agosto, devido, principalmente, à valorização do dólar frente ao real, de 7,45% no mês passado.

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