Economia

Governo registra deficit de R$ 5,1 bilhões nas contas de agosto

No acumulado do ano, rombo das contas públicas do governo central somou R$ 14 bilhões, o maior da história para o período

Rosana Hessel
postado em 29/09/2015 15:01
Mesmo adiando o pagamento da primeira parcela do 13; dos aposentados para setembro, o governo central (que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) não conseguiu equilibrar as contas em agosto. Registrou deficit de R$ 5,1 bilhões no mês passado, queda nominal de 51,4% em relação ao rombo de R$ 10,5 bilhões registrado no mesmo período de 2014. A receita líquida recuou 4,3% e somou R$ 78,9 bilhões na comparação com o mesmo intervalo de 2014, enquanto as despesas encolheram 9,6%, para R$ 83,9 bilhões, conforme dados divulgados nesta terça-feira (29/09) pelo Tesouro.

De acordo com dados do órgão, o governo deixou de pagar R$ 3,8 bilhões no mês passado em benefícios previdenciários, que deixaram para serem pagos neste mês. Sem isso, o rombo de agosto poderia ter sido maior e chegado a R$ 8,9 bilhões.

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No acumulado do ano, o resultado primário do governo central ficou no vermelho em R$ 14 bilhões, o pior desempenho das contas públicas da série histórica iniciada em 1997. No mesmo período de 2014, o Tesouro havia computado superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 4,7 bilhões. No ano, as receitas tiveram alta nominal de 3,2% de janeiro a agosto na comparação com o mesmo período de 2014, somando R$ 683,2 bilhões. Já os gastos tiveram crescimento nominal maior, de 6,1%, para R$ 697,2 bilhões.

Somente a Previdência registrou um deficit de R$ 44,6 bilhões no ano, volume 31% maior que o registrado de janeiro a agosto de 2014. O resultados do Tesouro foi positivo em R$ 31,1 bilhões e do Banco Central foi negativo em R$ 545,2 milhões.

No acumulado em 12 meses, o resultado do governo central somou R$ 37,5 bilhões negativos, o que equivale a 0,65% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor está bem distante da meta de 0,10% do PIB (R$ 5,8 bilhões) prevista para Tesouro, Previdência e Banco Central combinados.

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