Economia

Levy defende aumento de impostos para a realização do ajuste fiscal

"A gente não tinha reservas (cambiais) e passamos por uma crise. Não demorou muito, porque o governo tomou medidas. Ela se deu por corte de gastos e pela elevação de impostos de forma rápida", afirmou Levy

Paulo de Tarso Lyra
postado em 14/10/2015 16:32
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala, na tarde desta quarta-feira (14/10), no plenário da Câmara dos Deputados. Levy defende o aumento de impostos para a realização do ajuste fiscal. Ele lembra que isso foi necessário em 1999, na crise que levou a desvalorização do real.

"A gente não tinha reservas (cambiais) e passamos por uma crise. Não demorou muito, porque o governo tomou medidas. Ela se deu por corte de gastos e pela elevação de impostos de forma rápida. A economia cresceu 4,5% em 2000 porque todas as medidas necessárias foram adotadas em 1999, inclusive decisões corajosas em relação a impostos, que permitiram reverter o deficit", disse.



Em 2003, houve nova crise, lembrou o ministro. "Havia dúvidas, mas o presidente Lula reverteu. Há uma resposta muito rápida da demanda quando há confiança".

Levy poderia ter falado por 40 minutos inicialmente, mas usou metade do tempo.

O segundo deputado a fazer perguntas, o líder do DEM, Rodrigo Maia (RJ), irritou-se ao perceber que Levy estava conversando. "O senhor tem de me ouvir, ministro. Deputado às vezes não ouve deputado, mas ministro tem de ouvir. Se a presidente Dilma Rousseff não cair agora, cairá em março", afirmou.

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