Nesse período de crise, até um anel ou um broche antigo ajuda a fechar o orçamento do mês. Diante da escassez e do encarecimento do crédito, a penhora de metais nobres e outros objetos de valor pode ser a solução para aqueles que estão à procura de um empréstimo com juros acessíveis.
Diferentemente das taxas do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial, em altos patamares até mesmo em comparação histórica ; acima de 400% e 250% ao ano, respectivamente ;, o encargo do penhor é baixo. A taxa de juros é de 1,93% ao mês e de 23,16% ao ano para contratos com parcela única. No modelo parcelado, é de 25,78% ao ano. Isso é inferior até mesmo à média do crédito consignado, uma das menores tarifas, por representar baixo risco às instituições financeiras.
Além disso, as facilidades do penhor são muitas. Ao contrário de outras linhas de financiamento, ele não exige análise de crédito ou avalista, basta o consumidor procurar uma agência da Caixa Econômica Federal que faça o procedimento. Como o banco é o único que assume esse tipo de empréstimo, não há muito espaço para negociações, avisa Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). ;Em países como os Estados Unidos há muitas casas de leilão e empresas privadas que fazem penhoras. Como no Brasil apenas a Caixa faz esse procedimento, não há oportunidade para barganha;, diz.
Limite
Na entrega da joia ou de outro bem, o banco fará uma avaliação em que dificilmente o crédito concedido ultrapassará 85% do valor de venda do bem. Nesse cálculo, a Caixa analisa a cotação do ouro e de outros metais preciosos, prevendo o quanto poderá ganhar em um eventual leilão, o destino certo da joia em caso de inadimplência. Por isso, é bom o consumidor só tomar o empréstimo se tiver segurança de que conseguirá honrar o compromisso.
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