Em meio à necessidade de impulsionar o crescimento do Brasil, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ressaltou nesta quinta-feira (22/10) a importância de um orçamento robusto para o próximo ano e dos investimentos em mobilidade urbana. "A gente precisa de crescimento, e crescimento já", afirmou em reunião do Fórum de Líderes do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
"A questão da capacidade do governo de se financiar vem de uma adequada equação orçamentária que começa com o orçamento de 2016, priorização e economias em muitas áreas. Se houver economia em melhora de serviços tem mais recursos para investimento", afirmou.
Leia mais notícias em Economia
Ainda segundo o ministro, a eficiência energética é um dos caminhos do crescimento. "Eficiência energética é um dos caminhos de crescer, temos que ter imaginação", disse, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira.
Na avaliação de Levy, o governo está criando novas oportunidades para a indústria e desenvolvimento para ter economia mais limpa. Como uma das alternativas, o dirigente da Fazenda ressaltou que os leilões de energia alternativa vão continuar intensos.
De acordo com o ministro, o Brasil foi o País que mais alcançou resultados em termos de redução de emissões, a maior parte por conta da diminuição do desmatamento em queimadas. Ele ressaltou que hoje o Brasil tem energia mais limpa e que investimentos nesta área permitem o desenvolvimento de tecnologia nacional. Segundo ele, a energia eólica, por exemplo, pode ter reflexos para a indústria de aviação e petróleo.
Levy citou ainda que a construção civil é um dos setores mais importantes do Brasil. "Passa por algumas dificuldades, mas o governo está empenhado em apoiar, apesar da situação cíclica", disse.
Sem comentários
Em coletiva de imprensa logo após reunião do Fórum de Líderes do CEBDS, Levy se absteve de fazer comentários sobre as contas do governo e a meta de superávit. A entrevista foi
Logo na primeira pergunta, Levy foi questionado sobre qual seria a revisão da meta fiscal para 2015. Em tom de brincadeira, repassou a pergunta para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para que falasse sobre as metas do Brasil na área ambiental.
"O Brasil tem objetivo de reduzir 43% das emissões até 2030. Teremos que preparar os nossos investidores para ter um País mais competitivo no seu crescimento econômico", respondeu Izabella.
O ministro também evitou tecer comentários sobre a aprovação, em comissão especial, do projeto de lei que trata da repatriação de ativos de brasileiros no exterior. O texto encaminhado pela comissão sofreu alterações e reduziu de 17,5% para 15% a multa e o Imposto de Renda cobrado para que o dinheiro volte legalmente ao País.
"É melhor deixar a liderança do governo se manifestar sobre isso É um tema que está no Congresso, eu não vi o relatório, acho que a liderança do governo pode se pronunciar", afirmou.