Depois de 21 dias de greve e cinco rodadas de negociações, a maioria dos bancários decidiu encerrar o movimento. Até a noite desta segunda-feira (26/10), sindicatos de 22 estados e do Distrito Federal já haviam decidido aceitar a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e reabrir as agências a partir de amanhã.
A entidade ofereceu à classe reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Na proposta inicial, que levou os servidores à paralisação, os banqueiros se negavam a repor a inflação do período e tentaram reconstruir um modelo de abono salarial que, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), era ultrapassado.
No Distrito Federal, funcionários dos bancos privados voltarão ao trabalho a partir de amanhã junto com os bancários do Banco do Brasil. Já os funcionários da Caixa Econômica, que se reuniram na noite desta segunda, decidiram que vão manter a greve. O BRB também não aderiu ao acordo e continua a paralisação.
De acordo com a Fenaban, os clientes puderam fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos correios, supermercados e outros.