Vera Batista
postado em 28/10/2015 16:12
Estudo técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na manhã de hoje, apontou que, ao longo dos últimos 15 anos, houve ampliação da profissionalização do serviço público federal e que os 23.230 cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) são, na maioria (entre 70% e 72%), ocupados por servidores de carreira. O que desmente, segundo o autor, o técnico Felix Garcia Lopes, que há ;inchaço; da máquina ou ;aparelhamento; do Estado.;Em regra, a Presidência da República tem influência mais direta e autoriza nomeações nos níveis 5 e 6;, destacou. Esses cargos, no entanto, representam apenas 6% do total - as gratificações pelos cargos variam de DAS de nível 1 (R$ 2.227,85) a DAS de nível 6 (R$ 13.974,20). Segundo Lopes, para a escolha dos nomeados, pesam mais as relações interpessoais (familiares, acadêmicas ou de amizade) do que as filiações partidárias. Considerando todos os cargos de assessoramento (de 1 a 6), apenas 13,1% dos beneficiados são filiados a partidos políticos, de acordo com o levantamento.
Entre os órgãos da administração pública, o Ministério de Relações Exteriores tem o maior número de DAS ocupados por servidores de carreira (91%), seguido do Ministério da Fazenda e do Ministério de Previdência Social (ambos com 90%). Os com menos pessoal concursados nessa condição são os da Pesca e Aquicultura (3%), Esportes (19%) e Turismo (31%).