Economia

Congresso americano aumenta teto da dívida e evita risco de default

Assim eles evitam o risco de suspensão parcial de pagamentos antes da data limite que é na próxima terça-feira

Agência France-Presse
postado em 30/10/2015 07:04
Washignton, EUA - O Congresso dos Estados Unidos, de maioria republicana, aprovou nesta sexta-feira (30/10) um acordo de orçamento para aumentar o teto da dívida até 2017 e evitar assim o risco de default (suspensão parcial de pagamentos) antes da data limite da próxima terça-feira (3/11).

[SAIBAMAIS]A lei foi aprovada durante a madrugada pelo Senado, um dia depois de uma votação similar na Câmara de Representantes. Agora o acordo segue para a promulgação do presidente Barack Obama.

O texto é resultado de um acordo negociado discretamente nas últimas semanas pela Casa Branca e os líderes do Congresso. O orçamento foi aprovado graças a uma coalizão de democratas e republicanos moderados. A maioria dos congressistas republicanos votou contra.

"É uma aliança contra a natureza para explodir a dívida", criticou o senador republicano Rand Paul, pré-candidato do partido à presidência.

A lei aprovada durante a madrugada aumenta levemente os orçamentos do anos fiscais de 2016 e 2017 em relação aos tetos estabelecidos em 2011, ao mesmo tempo que eleva o teto da dívida até 15 de março de 2017, ou seja, dois meses depois da posse do sucessor de Barack Obama.

Os líderes do Congresso haviam prometido alcançar um compromisso antes da data limite da próxima terça-feira, para não deixar a economia americana em risco.



O acordo encerra cinco anos de um diálogo que parecia impossível entre o presidente Obama, que tem direito de veto, e os republicanos. O confronto resultou na diminuição do déficit público dos Estados Unidos ao menor nível em oito anos, a 2,5% do PIB em 2015.

A obstinação dos republicanos, pressionados por sua ala mais conservadora, levou o país à beira do default em 2011 e 2013, até que o Congresso decidiu no último minuto aumentar o teto da dívida.

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