Simone Kafruni
postado em 25/11/2015 12:14
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se esquivou de comentar se a prisão do líder do governo no Senado, senador Delcídio Amaral (PT-MS), vai atrapalhar ainda mais a aprovação das medidas de ajuste fiscal pelo Congresso Nacional. Ao participar, na manhã desta quarta-feira (25), do III Fórum Nacional de Direito e Infraestrutura na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Levy afirmou que ;esse assunto é da esfera política e deve ser abordado pelos operadores políticos do governo;.[SAIBAMAIS];Acho que, na área econômica, isso mostra a importância de se ter clareza dos objetivos dos nossos políticos. Se a gente não enfrentar as coisas, elas não vão melhorar somente porque se espera que elas melhorem;, disse, ao deixar o evento. Levy também evitou falar sobre possíveis aumentos dos combustíveis. ;Isso é assunto para a Petrobras;, sentenciou.
Durante o fórum da OAB, o ministro explicou que o governo está desenvolvendo uma série de ferramentas para enfrentar a qualidade dos projetos de infraestrutura e também mecanismos financeiros para garantir a estabilidade regulatória com o objetivo de atrair mais investimentos privados.
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;Precisamos de mais previsibilidade nos projetos para atrair investimentos, tanto de brasileiros quanto de estrangeiros. Para isso, um dos caminhos mais produtivos é através do instrumento de renda fixa. Com a garantia de seguros às debêntures de infraestrutura;, disse.
Com o mecanismo, atrasos nas obras não afetariam a remuneração dos ativos, explicou Levy. Segundo ele o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) venderia esse seguro para assegurar os pagamentos das debêntures.