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A lentidão das obras de ferrovias chegou à Justiça. Cansada de esperar pelas promessas do governo, de investimentos e concessões, a Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (FerroFrente) entrou com uma ação judicial cobrando indenização de quase R$ 200 bilhões do governo pelo descaso com o setor. O processo, contra a presidente Dilma Rousseff, a estatal Valec, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e o Ministério dos Transportes, tramita na 22; Vara Federal do Distrito Federal, aguardando despacho do juiz Francisco Neves da Cunha.
O presidente da FerroFrente, José Manoel Ferreira Gonçalves, afirma que o cálculo da indenização foi feito com base em todos os investimentos prometidos e que nunca saíram do papel. ;O valor deve ir para um fundo especial, previsto em lei, para que se assegure recursos à infraestrutura ferroviária. Colocamos na mão do Judiciário o futuro do setor;, diz. A principal queixa da Frente é sobre as perdas com o trecho da Norte-Sul, de 855 quilômetros, entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), inaugurado há mais de um ano e meio e ainda inoperante, conforme a organização. ;Não fizeram pátio de manobra e falta sinalização. Mas o pior é que criaram uma expectativa nos empresários do Centro-Oeste, que se prepararam para utilizar a ferrovia, que não está operando;, destaca.
O Ministério dos Transportes alega que, entre fevereiro e outubro de 2015, foram transportadas 18 locomotivas no trecho Palmas-Anápolis, além de um trem carregado com minério de ferro no trecho Gurupi-Palmas. ;Desde a inauguração, a Valec programa e controla a circulação de veículos ferroviários de serviço que circulam no trecho;, diz, por meio da assessoria de imprensa. O ministério ressalta ainda que está em fase final a negociação entre a VLI, operadora que atua na Ferrovia Norte-Sul, e a indústria Granol, esmagadora de soja em Anápolis. ;Deverão ser transportadas, neste ano, 21 mil toneladas de farelo de soja em três trens de 80 vagões.;
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