Agência Estado
postado em 01/12/2015 17:03
O Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) acredita que o resultado "surpreendentemente negativo" do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre certamente provocará uma revisão de expectativas com relação ao PIB da construção de 2015 e de 2016. A previsão do grupo para a atividade no setor neste ano é de uma baixa de 7%, enquanto, no ano que vem, a expectativa é "igualmente em queda"."A gravidade da recessão não permite que a crise política se prolongue indefinidamente. Executivo e Legislativo precisam dar um encaminhamento para o reequilíbrio futuro das contas públicas, que possibilite a diminuição das incertezas e a retomada dos investimentos", afirma o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
O PIB brasileiro recuou 1,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, informou nesta terça-feira, 1; de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, o PIB caiu 4,5% nos três meses até setembro.
[SAIBAMAIS] A atividade econômica da construção civil teve retração de 0,5% na base trimestral e de 6,3% frente aos iguais três meses do ano passado. Para reverter esse quadro de pessimismo, o SindusCon-SP considera fundamental apontar caminhos para a infraestrutura e mostrar que é possível recuperá-la, melhorando o ambiente de investimento no Brasil.
Alternativas
De acordo com um estudo do sindicato, a saída da crise exige que se faça uma opção pela atração rápida de capitais externos para o segmento de infraestrutura. Nesse contexto, a atuação do setor privado é vital na busca de maior eficiência na gestão dos projetos.
A lacuna de investimentos no setor de infraestrutura, segundo a entidade, é da ordem de US$ 500 bilhões. A demanda do País por obras nesse segmento é grande, mas é preciso tornar o ambiente de negócios mais favorável e facilitar as decisões dos agentes econômicos, acrescentou.
"A iniciativa privada precisa se mobilizar para a criação de uma melhor regulagem das PPPs (Parcerias Público-Privadas) e concessões, aumentando a segurança jurídica, de forma a atrair investimentos para a modernização e ampliação de nossa infraestrutura. Isso impulsionará o crescimento, com a participação ativa da construção civil", finaliza o presidente do SindusCon-SP.