Economia

Confederação Nacional da Indústria prevê inflação acima do teto em 2016

As exportações deverão encolher 15,1%, neste ano na comparação com o mesmo , para US$ 191 bilhões e as importações devem despencar 24,5%, para US$ 173 bilhões

Rosana Hessel
postado em 16/12/2015 12:37
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) trabalha com inflação acima do limite de tolerância da meta de inflação, de 6,5% ao ano, para este ano e para o próximo. As estimativas da entidade são, respectivamente, de 10,5% e de 6,8% para a custo de vida do brasileiro, sem perspectiva de aumento na taxa básica de juros (Selic) até o fim de 2016. Atualmente, a Selic está em 14,25% anuais.

[SAIBAMAIS]O centro da meta de inflação é de 4,5%, e, de acordo com especialistas, a convergência vai ser bastante difícil nesses anos de crise, especialmente, com o dólar em alta, que ajuda a pressionar os preços. A pesquisa da entidade mostrou que o dólar continuará valorizado até o ano que com média de R$ 4,20, encerrando dezembro de 2016 a R$ 4,40.



As exportações deverão encolher 15,1%, neste ano na comparação com o mesmo , para US$ 191 bilhões e as importações devem despencar 24,5%, para US$ 173 bilhões. Com isso, o saldo comercial deve refletir a mudança no câmbio e a queda da demanda doméstica. ;Vamos ter um saldo positivo neste ano e no próximo após o deficit de 2014;, destacou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, a entidade prevê superavit comercial de US$ 18 bilhões, neste ano, e de US$ 37 bilhões, em 2016.

Para Robson Andrade, presidente da CNI, o setor externo é o único que vem se beneficiando com esse dólar mais elevado. ;Mas para exportar, o empresário precisa de acordos internacionais, mas o Brasil está atrasado;, criticou ele, ressaltando, que o governo vem ;tentando correr atrás;, com acordos com o México, Colômbia e Chile. Ele ainda tem esperança que o país conseguirá manter as negociações entre Mercosul e União Europeia, que se arrastam há mais de 20 anos. Ao seu ver, a mudança política na Argentina, poderá ajudar a avançar nessas conversas. ;As discussões no Mercosul precisam ser menos ideológicas e mais econômicas;, pontuou.

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