Antonio Temóteo
postado em 16/12/2015 13:36
Na avaliação do Banco Central, o rebaixamento do Brasil pela agencia de classificação de risco Fitch não altera o sentido ou a intensidade do ajuste macroeconômico em curso, que já demonstra resultados concretos. "A consolidação da posição fiscal seguirá avançando e se prevê uma importante desinflação em 2016. Esses fatores serão essenciais para a recuperação da atividade econômica em bases sustentáveis à frente", afirmou a instituição em nota. A Fitch, porém, vê um quadro de grande piora na economia do país nor próximo ano, o que pode resultar em novo rebaixamento.
[SAIBAMAIS]Para o BC, o Brasil detém robustos colchões de liquidez para atenuar ajustes nos preços de ativos e para mitigar excessiva volatilidade no mercado. Esses colchões, complementou o BC, garantem uma sólida posição de liquidez internacional, visto que as reservas cambiais do país são cerca de dez vezes maiores do que o estoque da divida soberana externa.
Além disso, assinalou a autoridade monetária em nota, a expressiva redução no déficit nas contas externas ocorrido em 2015 e a indicação da intensificação dessa tendência em 2016 são indicadores da solidez do Brasil. "A economia brasileira vem recebendo fluxos relevantes de investimentos diretos e de carteira e os prognósticos à frente indicam a continuidade dessa tendência", destacou. "Esse conjunto de fatores, entre outras características de higidez da economia nacional, deixam o país preparado para mudanças nos cenários econômicos interno e externo", concluiu o BC.