Rosana Hessel
postado em 17/12/2015 14:10
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) aprofundou a expectativa de retração do Brasil, de para 1,5% para 3,5%, neste ano. Essa revisão para a maior economia da região contaminou a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dos 33 países latino-americanos analisados, pois a previsão de alta em 2015, de 0,5% e que foi estimada em julho, acabou se tornando queda de 0,4%.A Cepal também alterou a projeção do tombo do PIB da Venezuela, de 5,5% para 7,1%, conforme dados do relatório anual ;Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2015;, divulgado nesta quinta-feira (17/12). Com isso, somente a América do Sul deverá encolher 1,6% neste ano, a pior taxa da região. Os países do Caribe devem avançar 1% em 2015. E a América Central e o México devem crescer 2,9% neste ano.
Pelas estimativas da Cepal, o mundo crescerá 2,4% neste ano, abaixo dos 3% previstos no último estudo.
A entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU)/ divulgou também as projeções para 2016. Prevê expansão de 2,9% para o mundo e de 0,2% para a região. A América do Sul, pelas estimativas da entidade, encolherá 0,8%, puxada pelas quedas de 2% do PIB brasileiro e de 7% do PIB venezuelano. A América Central e México avançarão 3%, e, o Caribe crescerá 1,6%.
De acordo com a secretária-geral da Cepal, Alicia Bárcena, a menor demanda da China por produtos agrícolas da região e a queda dos preços das matérias-primas ajudaram a impactar negativamente nas novas projeções. Pelas estimativas da entidade, a o PIB chinês continuará desacelerando em 2016, quando deverá crescer 6,4%. ;É necessário retomar o crescimento e rever o ciclo contracionista do investimento em um contexto de lenta recuperação mundial e de queda no comércio;, afirmou Alicia.