Agência Estado
postado em 18/12/2015 13:57
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira (18/12), em café da manhã com jornalistas, que a transparência e a eficiência da economia serão os principais legados da Operação Lava-Jato. Como exemplo, Levy citou iniciativas que vão melhorar o ambiente econômico do país ao fim das investigações.[SAIBAMAIS]"A reestruturação do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), assim como o projeto sobre o novo marco para a infraestrutura, vai criando esse ambiente pós-Lava-Jato. A gente vai poder ter coisas que vão aumentar a transparência e a eficiência da economia", disse. Sobre o cenário econômico, Levy afirmou que o País tem mostrado grande resiliência, destacando que temos um setor financeiro estruturado e as famílias não estão muito endividadas. "A economia tem capacidade de resposta e tem conseguido segurar o tranco", avaliou.
Congresso
Com a aprovação do Orçamento do ano que vem contando com as receitas da CPMF, o ministro da Fazenda aproveitou a oportunidade para cobrar do Congresso celeridade para a aprovação das medidas que incrementam a arrecadação federal para que o orçamento possa ser executado. "Você não dá uma tarefa à alguém sem ter os meios", destacou.
Dando como certo o tributo nas contas para o ano que vem e com o projeto ainda em tramitação no parlamento, Levy preferiu deixar a cargo dos parlamentares as especificidades da medida. "Qual vai ser a alíquota e quando vai ser aprovada, vamos ver nos próximos meses", afirmou. O ministro classificou como uma "vitória do Congresso" a alteração da meta fiscal sem abatimentos, como propôs o governo e não uma vitória do ministério da Fazenda. "É importante ter meta clara e eu chamo a atenção que um meta clara pressupõe clareza", disse.
Ao fazer um breve balanço sobre sua ação à frente da Fazenda em 2015, o ministro avaliou que "foi caindo a ficha de que o ajuste não era um capricho da presidente e sim uma necessidade do Brasil". Levy lembrou que, no começou do ano, o Congresso chegou a aprovar as chamadas "pautas-bomba", que foram vetadas pela presidente Dilma. Posteriormente, o Congresso referendou a decisão da presidente e não derrubou os vetos, o que aumentaria o gasto público em meio ao ajuste fiscal.