Economia

Simão diz que sua missão é conciliar equilíbrio fiscal e crescimento

Segundo o ministro, há uma agenda de concessões importantes que serão aceleradas a partir do ano que vem. Ele acrescentou que, além disso, o governo adotará uma estratégia de melhoria da gestão, a fim de diminuir gastos

postado em 21/12/2015 20:36
O novo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Moysés Simão, disse hoje (21), momentos após tomar a posse no cargo, que sua missão será associar equilíbrio fiscal e retomada de crescimento e que projetos estratégicos, em especial no setor de infraestrutura, deverão ajudar o governo a atingir esse objetivo. Sobre os atrasos no repasse de recursos a bancos públicos para o pagamento de programas sociais, Simão defendeu o pagamento do "que for possível; aos bancos públicos que aguardam as compensações.

[SAIBAMAIS]

;A missão é buscar o equilíbrio fiscal e a retomada do crescimento. Essa é a missão dada pela presidenta Dilma Rousseff. e essa é a agenda que vamos começar a partir de amanhã;, disse o ministro, ao final da cerimônia de posse. ;Precisamos equilibrar as coisas: conseguir encerrar o exercício adequadamente, buscando cumprir o que foi aprovado na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] ajustada, superar as pendências que temos com os apontamentos do Tribunal de Contas da União e começar 2016 com o ajuste fiscal e também com projetos estratégicos, em especial na área de infraestrutura, que estão muito bem encaminhados;, acrescentou.



Segundo o ministro, há uma agenda de concessões importantes que serão aceleradas a partir do ano que vem. Ele acrescentou que, além disso, o governo adotará uma estratégia de melhoria da gestão, a fim de diminuir gastos. ;Há um espaço para ganhos de eficiência na gestão pública, que trará resultados também com relação às despesas obrigatórias. E há necessidade de discutir as despesas obrigatórias, em especial a previdenciária, que aponta uma necessidade de financiamento, para o ano que vem, de R$ 125 bilhões.;

Simão lembrou que, no âmbito do governo, um fórum está discutindo a questão previdenciária e que, em breve, deverá apresentar sugestões que embasarão as propostas que serão levadas ao Legislativo. ;Espero que, durante o mês de janeiro cheguemos a algumas decisões para elaborar uma proposta que possa ser debatida e aprovada pelo Congresso Nacional. Vamos ter alguma coisa que possa ser aprovada efetivamente.;

O novo ministro do Planejamento disse que deverá anunciar suas primeiras medidas à frente da pasta nos próximos dias, após terminar algumas análises iniciais. ;Estamos conversando, desde o final de semana, para entender os números e ver quais são os espaços. Nos próximos dois ou três dias, deveremos ter uma decisão sobre isso.;

Perguntado se optaria pagar os valores devidos pelo governo aos bancos públicos, no caso dos atrasos no repasse de recursos, o ministro disse que fará ;o que for possível; para pagar ainda neste ano, mas que sua posição pessoal é a de pagar apenas o que for possível. ;Lógico que esta é uma decisão que envolve a área orçamentária. Vamos, portanto, fazer essa discussão até o final do ano. Eu, pessoalmente, defendo que façamos o pagamento daquilo que for possível, para virar de vez essa página e superar essa agenda;, afirmou.

Simão reiterou que o governo tem trabalhado considerando que, para os próximos orçamentos, seu caixa será reforçado pela nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e que esta, inclusive, já está prevista na Lei Orçamentária. ;Claro que, durante o início de 2016, vamos fazer interlocução muito forte com o Congresso, apontando quais são as dificuldades e quais são as alternativas. Que essa construção seja coletiva.;

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